7,6% da população brasileira (30 aos 60 anos);
Tipo I (insulino - dependente)
Tipo II (não insulino dependente)
O Diabetes Mellitus é uma síndrome decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina exercer adequadamente suas ações. Representa um grupo de distúrbios metabólicos nos quais existe uma menor utilização de glicose, induzindo hiperglicemia.
Os principais tipos de Diabetes Mellitus são:
Diabetes do Tipo 1 – manifesta-se de maneira mais abrupta e atinge principalmente crianças e adolescentes, o que não exclui a possibilidade de afetar adultos em qualquer idade. São freqüentes os casos em que o diagnóstico é feito durante uma internação com quadro de cetoacidose. De um modo geral, as pessoas com diabetes do Tipo 1 são magras e não possuem história familiar da doença. Vão depender do uso de insulina por toda a vida, além de terem que efetuar controle da dieta e praticar uma atividade física.
Diabetes do Tipo 2 – é mais característico da fase adulta, ocorrendo preferencialmente em indivíduos obesos. Cerca de 50% dos diabéticos Tipo 2 permanecem sem serem diagnosticados, pois a instalação é muitas vezes lenta, diferente do diabetes. Condições devem ser observadas pelos profissionais de saúde para identificar a existência de diabetes Tipo 2:
- Idade ≥40 anos;
- História de diabetes na família;
- Obesidade do tipo andróide
- História de doenças, como hipertensão arterial e dislipidemia;
- Mulheres que relatem terem tido filhos com mais de 4 kg, tendo em vista que os altos níveis de glicose no sangue da mãe são compartilhados com o feto.
Diabetes gestacional - ocorre pelas alterações hormonais na gravidez em pessoas com predisposição, podendo-se manter após a gestação. Todas as medidas a serem adotadas e o planejamento da equipe de saúde têm como meta a busca da qualidade de vida e o alcance de níveis glicêmicos dentro dos padrões desejados, ou seja, entre 80 e 120 mg/dl. Mulheres que não têm histórico de diabetes na família podem vir a desenvolver a doença, temporariamente, durante a gravidez.
Esse risco é maior quando a mulher ganha muito peso durante o período de gestação, mais ainda se for uma mulher de idade acima dos 35 anos. É um tipo de diabetes que tende a regredir espontaneamente, mas mesmo assim requer cuidados porque pode afetar o bebê. Se a mulher não tem histórico de diabetes na família, a melhor forma de evitar a doença durante a gravidez é através da alimentação.
Diabetes Tipo I:
-Aumento do número de vezes de urinar: Poliúria.
- Sede excessiva: Polidipsia.
- Excesso de fome: Polifagia.
- Perda rápida de peso.
- Fadiga, cansaço e desânimo.
- Irritabilidade.
O Diabetes Tipo II:
- Infecções freqüentes;
- Alteração visual (visão embaçada);
- Dificuldade na cicatrização de feridas;
- Formigamento nos pés;
O Diabetes Tipo II pode apresentar os mesmos sintomas que o Diabetes Tipo I, freqüentemente menos intenso.
Causas
O stress, o excessivo ganho de peso, alimentos doces em demasiado, a falta de atividade, o fumo.
Insulina
Hormônio polipeptídeo, biosintetizada e armazenada nas células das ilhotas pancreáticas de langerhans. A insulina é indicada para pessoas com diabetes do Tipo 1 ou do Tipo 2, em situações especiais, como cirurgias e infecções graves, ou ainda quando o controle da glicemia não está sendo possível através dos antiglicemiantes orais. Insulina injetável existente no mercado desde 1922.
Origem: animal ( bovina, suína ou mistura);Humana; Análogos da Insulina Humana.
- Complicações
- Hipolipotrofia
- Hiperlipotrofia
- Cetoacidose – se caracteriza pelo aumento dos níveis de glicose sangüínea (glicemia > que 300mg/dl). É decorrente da insuficiência de insulina, ou de sua suspensão, e do uso concomitante de agentes que causem hiperglicemia.
Tratamento:
Adequação de hábitos de vida - consiste em planejamento alimentar; prática de atividade física regular; controle das situações de estresse e dos demais fatores de risco (obesidade, hipertensão, colesterol alto).
Monitorização da glicemia - o cliente e/ou seu cuidador precisam dominar as técnicas de verificação dos níveis glicêmicos, através dos testes de glicosúria, cetonúria e glicemia capilar, fazendo o registro dos valores obtidos.
Os serviços de saúde devem criar alternativas que sirvam de apoio a esses clientes. As terapias de grupo ou outras atividades coletivas podem cooperar para uma maior aceitação da doença e maior adesão ao tratamento.
- Cuidando do pé diabético:
- Examinar os pés, diariamente, para identificar a presença de deformidades, alterações na cor e na temperatura, aumento de calosidade, presença de edemas e de fissuras;
- Cortar as unhas com tesouras retas, lixando os cantos;
- Lixar a calosidade dos pés com lixa de madeira, nunca corta-los com gilete;
- Lavar os pés com água morna e sabão neutro, secando-os bem, principalmente, entre os dedos;
- Examinar a sensibilidade dos pés;
- Passar cremes hidratantes nos pés, exceto entre os dedos;
- Fazer exercícios com os pés, diariamente;
- Usar sapatos confortáveis, de preferência fechados, de couro macio e se possível com meias de lã ou algodão, sem elásticos;
- Examinar os sapatos, diariamente, verificando a existência de pedras, pregos ou quaisquer irregularidades;
- Comprar sapatos sempre no período da tarde, devido à possibilidade de edema nos membros inferiores;
- Andar sempre calçado, mesmo dentro de casa;
- Evitar o uso de chinelos de dedo.
Referencias Bibliográficas
Boundy, J.; at. Al.; Enfermagem Médico-Cirurgica, Rio de janeiro, Reichmann & Affonso Editores, 2004.
Ministério da Saúde,cadernos do aluno: saúde do adulto, assistência clínica, ética profissional / Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem. - 2. ed., 1.a reimpr. - Brasília: Ministério da Saúde; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003.
Poter, Patrícia A.; Perry, Anne Griffin; Fundamentos de Enfermagem, 5ª edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2001.
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